
As Sufragistas
Reino Unido, início do século 20, inúmeras trabalhadoras, principalmente das fábricas, se veem fartas das péssimas condições de trabalho, carga horária excessiva, tratamentos abusivos e uma remuneração inferior a dos homens e não condizente com o trabalho prestado por elas. É nesse contexto político, social e econômico que o longa metragem “Sufragettes” (As Sufragistas), filme estrelado, dirigido e produzido por mulheres, acontece.
A protagonista Maud Watts, estrelada pela talentosa Carrie Mulligan, é uma jovem trabalhadora de uma fábrica que, ao ver um grupo de mulheres se rebelarem contra as más condições de trabalho e a falta de representatividade pelos seus direitos no parlamento, começa a questionar o próprio modo de vida.
Ao ser convidada para as reuniões, que aconteciam de forma sigilosa, Maud passa a fazer parte do movimento de reforma social, política e econômica conhecido como “Sufragettes” (As Sufragistas). O movimento no início era pacífico e tinha como pauta prioritária o sufrágio (direito ao voto) para as mulheres, pois acreditavam que somente dessa maneira teriam os interesses sendo representados de forma equânime. Entretanto, por mais que as mulheres já ocupassem alguns cargos de grande responsabilidade na sociedade da época, ainda eram tidas como incapazes de entender o funcionamento do parlamento britânico, não podendo assim fazer parte dos processos do mesmo. Não vendo outra maneira de serem ouvidas, as sufragistas vão para as ruas protestar a fim de chamarem a atenção da opinião pública. O movimento foi reprimido de forma extremamente violenta, ocasionando a prisão de várias integrantes, que ao fazerem greve de fome e adoecerem na prisão conseguiram chamar a atenção da sociedade para suas reinvindicações.
Com a participação das fantásticas Helena Bonham Carter e Meryl Streep, As Sufragistas proporciona uma sensação de incômodo ao telespectador devido às injustiças pelas quais muitas mulheres passaram e o alto preço que pagaram por lutarem pelos seus direitos. Ao abordar um tema pouco explorado, a luta feminina pelos próprios direitos, o filme convida à uma reflexão sobre a condição do “ser mulher” na nossa sociedade atual, além de homenagear as bravas pioneiras que perderam o emprego, a família e as vezes até a própria vida lutando por uma sociedade mais igualitária.
Votes for Women!
Por Camila Hybris
